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Visite Hampton Court Palace: como chegar a um dos mais belos palácios da Inglaterra

Hampton Court Palace é um dos mais espetaculares exemplos da arquitetura Tudor na Inglaterra. Tendo sido palco de diversos acontecimentos importantes na história do país e do mundo, a casa do rei Henry VIII (Henrique VIII, em português) e de sua filha, a rainha Elizabeth I, é um lugar fascinante localizado às margens do rio Tâmisa, numa região cercada de vilarejos pitorescos a apenas 30km de Londres.

 

 

Um pouco de história

O palácio tem uma história fascinante e deve as suas origens aos Cavalheiros Hospitaleiros de São João de Jerusalém, uma ordem religiosa que inicialmente construiu um edifício para o armazenamento de gado e produtos da terra no lugar onde fica o palácio. Subsequentemente, um religioso muito poderoso, o Cardeal Wolsey, Arcebispo de York, foi dado o lease, ou o arrendamento da propriedade.

Wolsey construiu um complexo enorme, transformando o que era uma casa privada em magnífico palácio digno de um bispo. Ele continuou a construção do vasto palácio e adicionou três novas alas para uso da família real, o Rei Henrique VIII, sua esposa espanhola, Catarina de Aragon, e sua filha, Mary (que viria a se tornar a famosa Bloody Mary).

Wolsey era muito invejado e também criticado na corte pelo seu estilo de vida extravagante, que culminou com a construção de Hampton Court Palace. Segundo ele, Hampton Court refletia a glória do seu soberano, Henrique VIII, mas o rei não via as coisas bem assim. A ascensão do cardeal ao poder, com o apoio de Roma e do próprio rei, levou ao seu trágico fim. O rei deu um jeito de tomar-lhe o palácio e o culpou pela falha na anulação do seu casamento com Catarina de Aragão, que não conseguiu lhe dar nenhum herdeiro homem. Esta falha em conseguir a anulação do casamento resultou no rompimento da Inglaterra com a Igreja Católica e na criação da Igreja Anglicana, que persevera até hoje.

 

Como chegar a Hampton Court Palace

Hampton Court Palace fica facilmente acessível de trem, através da linha que parte da estação de Waterloo, no centro de Londres. Os trens saem a cada meia hora e a passagem custa £5.50 cada trecho. Na chegada à estação em Hampton Court, tudo o que você tem que fazer é seguir os sinais até o palácio, que fica a apenas 5 minutos de distância. Para comprar as suas passagens, procure uma das máquinas na estação de Waterloo e pague com cartão de crédito ou dinheiro. Os sistemas são em inglês, mas algumas máquinas têm outras línguas como espanhol, o que pode facilitar o processo de compra.

Há também a possibilidade de comprar o ingresso para Hampton Court através dos nossos parceiros, a Viator, uma das revendedoras oficiais. Clique aqui para conferir a página.

Para quem fala outras línguas, os guias de áudio são um bônus, até mesmo porque eles são disponibilizados de graça e dão uma boa explicação sobre cada uma das seções do palácio. Achar o lugar onde eles são entregues pode ser difícil, por isso, fique atento(a) às placas que indicam onde está o centro de informações e de entrega dos guias, indicado pelo símbolo de um fone de ouvido. Lembre-se de devolver o aparelho antes de sair do palácio para conferir os jardins! Infelizmente não há guias de áudio em português, mas pelo menos em outras línguas irmãs como espanhol e italiano, e também em inglês, claro.

 


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Logo depois da saída do centro de informações, fica a entrada para Henry VIII’s Apartments, ou os Aposentos do rei Henrique VIII. Esta parte do palácio é simplesmente espetacular, e lá se encontra o Great Hall, o grande salão que é o maior do palácio, com tapeçarias que datam de 1500. O teto do Great Hall é de uma grandeza de detalhes única, e era neste lugar que o rei promovia os seus suntuosos banquetes. O mais interessante é que sósias do rei e seus cortesãos ficam numa sala adjacente, prontos para bater fotos com os visitantes (sem cobrar nada) e até tocando músicas que reproduzem os sons do passado.

 


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Mary II’s Apartments

Ainda mais suntuosos que os aposentos do rei Henrique VIII são os aposentos batizados em homenagem à rainha Mary II (Mary II’s Apartments), uma sucessão de salões belamente decorados onde a rainha recebia seus convidados e servos e passava a maior parte do tempo. Mary II só veio a ocupar o palácio muito depois de Henrique VIII, por volta do ano de 1689, sendo responsável por um imenso projeto de renovação juntamente ao seu marido, William de Orange, adicionando uma nova seção enorme à estrutura, com quartos em dimensões iguais tanto para rainha quanto para o rei, demonstrando assim a igualdade existente entre sí.

The Queen’s State Bed Chamber, ou Quarto de Estado da Rainha, é onde a soberana dormia e recebia convidados e é de uma magnificência impressionante. Aproveite para admirar o teto pintado em cores mais do que vivas, uma cena digna dos magníficos afrescos encontrados no teto do da Capela Sistina ou do Museu do Vaticano, em Roma.

Enquanto passeando pelos aposentos da rainha, você perceberá que todos os quartos têm vistas para a Fountain Court, um belo jardim no interior do palácio, que é adornado por uma fonte no seu centro. É possível visitar o jardim depois de passar pelos apartamentos do rei e da rainha, seguindo o caminho indicado pelas plaquinhas espalhadas pelo palácio.

 

 

Anne Boleyn’s Gate

O Pórtico de Anne Boleyn’s, assim batizado em homenagem à segunda esposa do rei Henrique VIII e mãe da mais importante rainha que a Inglaterra já teve, Elizabeth I, este impressionante monumento tem um lindo relógio astronômico que foi feito para Henrique VIII em 1540. Ao caminhar por baixo da torre é possível ver diversos detalhes como símbolos que contém as iniciais do casal, H & A. A praça onde a torre está localizada tem uma mistura interessante de estilos, com uma fonte barroca, colunas romanas e a torre em estilo Tudor, que fazia parte do palácio original.

 

 

William III’s Apartments

Facilmente acessíveis através de uma majestosa escadaria com entrada na praça do relógio, ficam os aposentos do rei William III, o marido da Rainha Mary II, que foi juntamente com o seu marido responsável pela construção da parte mais moderna do palácio, que data do fim do século XVII. Sendo um homem muito discreto, o rei tinha seus aposentos divididos em duas seções, a pública, onde eventos de estado aconteciam, e a privada, menos grandiosas mas igualmente aconchegantes e luxuosas. Todos os apartamentos têm vistas para vistas para o fenomenal jardim Privy Garden, e, lá, você poderá ver a sala de jantar do rei, além de o seu quarto com suíte e também a sua latrina, almofadada e de veludo, como o “trono” de um rei deve realmente ser! As duas seções dos aposentos do rei são ligadas por uma ala enorme, repleta de estátuas de mármore e com vistas para o jardim. Em quase todos os grandes salões é possível se sentar nos bancos que fazem parte das janelas, o que oferece uma ótima oportunidade para sentar e apreciar todo o esplendor do lugar.

 

 

Chapel Royal & Chapel Court Garden

A Capela Real tem sido usada continuamente para eventos religiosos por 450 anos e atualmente pertence à Rainha Elizabete II. O seu riquissimamente adornado interior demonstra a culminação do estilo Tudor (que é o nome da linhagem real que inclui o Henrique VIII e sua filha, a Rainha Elizabete I). A capela é de imensa importância histórica, e foi lá que a rainha Catherine Howard foi acusada de comportamento impróprio antes do seu casamento com Henrique VIII e então sentenciada à morte. Infelizmente, não é possível fotografar o interior da capela e algumas vezes nem é possível visitá-la, devido aos eventos que são realizados constantemente no seu interior. Procure se informar com um dos atendentes que ficam na porta sobre os horários de funcionamento.

Logo atrás da capela fica o Chapel Court Garden, o jardim da capela, que está no mesmo lugar desde o reinado de Henrique VIII. Apesar de ser bem menos elaborado que os jardins exteriores do palácio, que tem influências francesas e italianas, este jardim é originalmente Tudor, e, por estar localizado dentro da parte mais antiga da estrutura, transmite ainda mais história que outras partes.

 

 

Jardins do Palácio de Hampton Court

Além de toda sua magnificência arquitetônica, Hampton Court Palace tem uma quantidade imensa de jardins, cada um mais belo e ornamentado que o outro. Além de serem um verdadeiro presente para os olhos, estes jardins oferecem ao visitante a oportunidade de relaxar ao sol e até fazer piqueniques para aproveitar a natureza majestosa do lugar. Se tiver com tempo de sobra ao visitar Hampton Court Palace (recomendamos passar pelo menos 4 horas por lá), leve o seu próprio lanche e bebidas e sente-se embaixo de uma das árvores frondosas para aproveitar alguns momentos de descanso e puro lazer no melhor estilo inglês.

Os principais jardins são o Privy Garden, Pond Gardens, Great Fountain Garden e o Maze, que é um labirinto feito de plantas.

 

Privy Garden

Localizado no lado leste do palácio, este jardim foi restaurado à sua glória original através de descrições acuradas de jardineiros e funcionários que, por medo de não serem pagos após a morte do rei Charles III, resolveram escrever e desenhar todos os detalhes do seu trabalho para poder então cobrar os salários à rainha. Apesar de o design atual ter sido desenvolvido em 1700, esta área do palácio sempre foi ocupada por um jardim, desde os tempos de Henrique VIII, e era o jardim privado dos monarcas ocupantes do palácio e de seus favorecidos, tendo sido mantido proibido para visitação pública até quase o século XX. O jardim tem formatos geométricos elaborados e uma bela fonte no seu centro, além de uma linda estátua de mármore que representa o verão e que fica localizada no lado oposto ao palácio, próxima ao portão.

 

The Pond Gardens

Adjacentes ao Privy Garden e em menor escala que o jardim pai, ficam os Pont Gardens, dois jardins menores, mas igualmente belos, que têm pequenos lagos no seu centro (ponds) e ficam de frente para a Banqueting House, a casa de banquetes do palácio. Infelizmente os jardins não são estão abertos para visitação e você só poderá vê-los por fora. Logo de frente aos jardins dá para ver um detalhe interessante do prédio, a junção da parte original do palácio com a construída em 1700, além do símbolo da Rainha Elizabete I, inclusive com o ano da construção daquela parte do edifício, como demonstrado nas fotos abaixo.

 

 

The Great Fountain Garden

Aos fundos do palácio fica o Great Fountain Garden, um jardim menos elaborado que o Privy Garden, mas que contém uma vasta área verde onde se pode relaxar e fazer piqueniques, além de apreciar a bela vista que se tem do palácio de lá, bem como as fontes e seus gansos animados. As árvores deste jardim tem um formato bastante interessante e suas copas frondosas oferecem sombra nos dias de calor do verão.

 

 

The Maze

Por mais de 300 anos, reis, cortesãos e turistas vêm se perdendo na Maze, um labirinto que fazia parte de uma imensa rede de caminhos e labirintos que compunham os jardins do rei William III. Feito originalmente de hornbeam, uma espécie de arbusto trazido da Holanda, a Maze foi construída com o intuito de permitir que os cortesãos pudessem escapar da seriedade da vida política da corte, enquanto se perdiam nos labirintos encantados.

O labirinto realmente cumpre como seu dever, e você provavelmente se encontrará rindo sozinho(a) ao se perder lá dentro tentando encontrar a saída!

 

Esperamos que tenha aproveitado a leitura e que o artigo possa ajudar na programação da sua visita a Hampton Court Palace. Não se esqueça que o palácio tem diversas outras atrações menos populares mais igualmente interessantes, como o Rose Garden (Jardim das Rosas), os Apartamentos Georgianos, a Cozinha da Corte, entre outros.

Agora é possível comprar os ingressos para Hampton Court Palace através da nossa parceria com a Viator, uma das maiores operadoras de turismo do mundo. Clique aqui para conferir a página.

Written by
Everton Lucena Dantas

Jornalista por profissão e blogueiro por paixão, radicado em Londres desde 2005. Morar na Terra da Rainha me dá a oportunidade de viajar mais facilmente por toda a Europa, o que me proporciona produzir conteúdo original sobre os melhores destinos do continente, sempre com o intuito de ajudar os viajantes brasileiros a melhor planejarem suas aventuras. Apaixonado por viagens de trem, sempre procuro promover este meio de transporte que acredito ser a melhor forma de explorar o Velho Continente. Se precisar de ajuda com roteiros ou dicas da Europa, não hesite em me enviar um email para [email protected] ou até mesmo um WhatsApp para +44 7398 900 545.

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